quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Clássico à molha....
sábado, 12 de dezembro de 2009
Tiger Woods
Villas-Boas
Cardozo x Sporting
domingo, 29 de novembro de 2009
Ressaca do Derby
domingo, 15 de novembro de 2009
Selecção? Sport Lisboa e Benfica
Javi Garcia 6
Halla Javi !!!
Carlos Carvalhal
O que me deixa mais tranquilo quanto ao Sporting não é a diferença pontual que até já um pouco sigmificativa, mas sim ter saído a única pessoa competente que trabalhava naquela casa, assimvou continuar-me a rir das hilariantes acções e discursos do Zé Zé Eduardo que tantos tiros nos pés tem dado.
sábado, 7 de novembro de 2009
Paulo Bento demitiu-se
Apesar de ser benfiquista e ser exigente como adepto do mu clube, mas aqui não compreendo os adeptos leoninos, assim o Sporting perdeu a sua maior identidade e referência. Paulo Bento ao longo destes 4 anos foi treinador, presidente, director desportivo, foi o unico a dar cara nos momentos menos bons e o maior obreiro dos títulos conquistados. Por tudo que deu pelo Sporting o técnico merecia mais respeito. Lembro-me de uma frase que para mim diz tudo deste senhor "Posso ter muitos defeitos mas nunca vou perder os meus valores que devo aos meus pais". E mais importante que tudo isto, será Paulo Bento o culpado desta situação? Claro que não, em anos anteriores a equipa era bastante inferior e o rendimento era o dobro, sem dúvida que os jogadores há muito se encontram a fazer a cama ao treinador. Não me admiro que amanha na deslocação díficil a Vila do Conde ganhem sem treinador.
Por ser sério, competente, profissional, honestamente vai deixar-me saudades no futebol Português e não me admiro nada de um dia o ver a treinar o Porto.
PS1- Quando saiu Quique sempre disse que Paulo Bento e Jorge Jesus eram os meus preferidos.
PS2-Toda a sorte do mundo para ti Bento como técnico (garanto que nunca vou dizer nada disto a Jesualdo, Machado, e Jorge Costa), mereces toda a sorte... e claro nunca percas esses valores.
PS3-Bettencourt bem falado, o Quique (pior treinador que passou pelo SLB nos ultimos 15 anos) pode ter saudades da Orsi, não há nada como tentar traze-lo.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
29-10-2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Preocupado
Digo isto no mesmo dia que a nova Catedral da Luz comemora o 6ªaniversário e quando foi atingida a meta dos 200.000 sócios, números irrealistas para qualquer outro clube Português e Mundial.
A juntar a isto, a equipa de futebol alia vitórias a resultados e exibições de encher o olho. Eu que por norma e que me custa a pagar as quotas, sou um adepto muito exigente me confesso extremamente satisfeito com este arranque de época. Mas tenho consciência que vai chegar os dias em que vamos ser travados, porque nnunca houve nem nunca haverá equipas invenciveis. Mas quero acreditar que a equipa e os jogadores saberam dar a volta por cima.
Mas sabem o que mais me preocupa? É que eles começam a ter medo e a ficar incomodados e joga-se muito por fora das quatro linhas e parece que isso já começou (passo a explicar).
Benfica-Nacional vai ser arbitrado por Vasco Santos, e passo a explicar quem é esse senhor....
"Árbitros protegidos.” Foi nesta secção que a Polícia Judiciária (PJ) integrou Vasco Santos nas investigações do 'Apito Dourado’. O juiz do Porto foi o nomeado para a recepção de amanhã do Benfica ao Nacional. Uma escolha de Vítor Pereira, líder da Comissão de Arbitragem da Liga, que caiu mal entre os benfiquistas.
A razão explica-se de forma simples. Vasco Santos é, neste momento, árbitro de primeira categoria, mas a escalada no sector poderia ter sofrido um revés em 2003/04, época em que, de acordo com a PJ, o juiz do Porto foi ajudado, no sentido de não ser despromovido à terceira categoria.
O caso integra o processo de viciação de classificações de árbitros e observadores entre 2002 e 2004, que tem 16 arguidos e cujo julgamento está marcado para Fevereiro de 2010. Um dos pronunciados é Francisco Costa, então membro da Comissão de Arbitragem (CA) da Federação que, segundo a decisão de pronúncia, se mostrou preocupado com a classificação de Vasco Santos em Novembro de 2003.
Costa terá recebido de Carlos Vigário, da Associação de Futebol de Porto, uma lista de observadores que “poderiam ajudar” Vasco Santos. Francisco Costa e António Henriques – vice-presidente da CA e também réu no caso das viciações – colocaram em prática o plano.
José Mendonça foi o observador escolhido para o jogo Oliveirense--Caldas, arbitrado por Santos. Mas não só, Henriques e Costa indicaram ao presidente do CA, Pinto de Sousa, a nomeação de António Garrido, ex-árbitro conotado com o FC Porto, como assessor – que tem por função a avaliação do observador – desse jogo.
De acordo com a pronúncia do Tribunal de Instrução Criminal, o observador José Mendonça garantiu, após o jogo, que iria dar nota muito alta a Vasco Santos: “Vai andar de quarenta e oito para cima.” E deu mesmo 48, nota que os peritos ouvidos pela PJ consideraram demasiado elevada.
Contas finais, Vasco Santos ficou na segunda categoria e, pouco tempo depois, o estudante de engenharia de 33 anos chegaria ao primeiro escalão. Não foi acusado no ‘Apito’, mas foi um dos “protegidos”, o suficiente para alarmar os benfiquistas.
E arbitrou esta época o Porto-Leixões em que ficou marcada por não assinalar um penalty contra o Porto e inventa penalty contra Leixoes.
Medo, tenho muito medo....
domingo, 4 de outubro de 2009
Questão de amizade...
Por ser um exemplo de dedicação e onde se jogue apenas pela amizade e respeito à camisola, faz com que olhe para esta equipa com grande respeito. Para além de tudo, estamos a falar de uma equipa que tenho amizade com esmagadora maioria dos jogadores, por isso vou acompanhar com máximo de atenção e podem contar com o meu apoio, para que este ano consigam igualar ou mesmo ultrapassar os mesmos êxitos da época passada. Sei que é uma missão muito díficil, mas com mesma união e sobretudo a excelente organização é possível.
Força amigos e boa sorte.
Apesar das dificuldades na grelha de programação, não deixa de se assinalar ser o uníco canal de clubes com transmissões de 24h por dia. Quanto ao resto das críticas é tudo questão de dor... de cotovelo.
Equipamentos
Confesso que tenho que dar os parabéns à equipa leonina em relação ao patrocínio nas suas camisolas. Como é sabido, a equipa verde e branca é patrocinada pela Super Bock que por acaso tem no logótipo como cor principal o vermelho. Mas a equipa verde e branco opotou e muito bem em adaptar o patrocínio ao equipamento, assim Super Bock aparece a verde não tirando a cor e beleza ao seu equipamento.
Espero que os dirigentes Benfiquistas tomem este caso como exemplo, porque o patrocínio da tmn em azul no vermelho fica a destoar e nada bem.
sábado, 3 de outubro de 2009
Coisas que eu não percebo
Continuem a aliar-se aos corruptos enquanto eles conquistam títulos.
Enquanto benfiquista, garanto que me deixa satisfeito mesmo sem ganharmos títulos, continuarmos a ser o mais odiado por ambos os rivais, só demosntra a nossa grandeza.
Fernando Alonso na Ferrari
domingo, 20 de setembro de 2009
Seis àrbitros será solução?
Certamente um àrbitro em cima da linha de golo PODIA ter sido muito ùtil à uns anos quando Baía foi buscar um frango do Petit bem dentro da capoeira.
Mas estou em crer, que àrbitros em cima da linha de golo não resolvem os problemas, não nos podemos esquecer que esmagadora maioria dos erros graves de um àrbitro, é assinalar fora de jogo quando um jogador está em linha e para isso certamente não será um àrbitro de baliza que resolve.
Sendo o futebol o desporto rei, não estará na hora de copiar outros desportos como o ténis, NBA e outros que se pode recorrer as imagens televisivas?
É indiscutível que a verdade desportiva seria uma certeza, a corrupção deixaria de ser solução, provavelmente os gastos financeiros seriam menores do que estar a adoptar mais àrbitros.
Claro que para não quebrar o jogo, o recurso às imagens podia apenas ser 2/3 por equipa para não parar constantemente o jogo. Mas mais grave nas paragens de um jogo é certamente a simulação de lesôes e aí os àrbitros pouco ou nada fazem, sendo bastante recorrente o anti jogo.
domingo, 13 de setembro de 2009
Benfica TV
Telefonaram-me ao final da tarde, no dia dos 8-1, por acaso até a caminho da catedral e propuseram-me escolher o dia desta semana para ir às gravações, mas a hora das gravações complicou tudo. Pois, estando a trabalhar à 1 mês, também é complicado já estar a pedir dias de férias. Claro que amo o Benfica, mas neste momento tenho prioridades.
Contudo e como combinado, posso com o decorrer do tempo, telefonar para lá e escolher um dia.
Tenha pena, muita pena, não ir mostrar neste momento perante os Portugueses o meu Benfiquismo...
sábado, 12 de setembro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
Um sr. jornalista.
Sinto-me particularmente à vontade para lançar este desafio, já que muitas e repetidas têm sido as vezes em que elogio a competência, o nível de formação e a capacidade de perceber a evolução do jogo de uma - felizmente cada vez maior - elite dos treinadores do futebol português. Mais ainda, acredito que a parte mais significativa da qualidade de jogo de uma equipa depende da competência do treinador, necessariamente somada à qualidade dos jogadores (que, a fazer-se o que deve ser feito, devem ser também escolhidos por ele).
Parece-me urgente que se perceba que é uma vergonha termos só nove golos marcados em nove jogos. E sete empates em oito jogos. E tão pouca vontade de ganhar. O desafio é para os treinadores, que este ano são todos portugueses nas ligas profissionais, e para ninguém mais: coloquem as equipas em campo com mais ambição, preocupem-se mais com a organização ofensiva e não só com os equilíbrios defensivos, incutam uma ideia de jogo positiva na identidade da vossa equipa. Dissuadam os vossos jogadores das tristes ideias de simular faltas e queimar tempo e não troquem um ponto sortudo por mais uma facada no jogo que nos apaixona. Lembrem-se do espetáculo e de quem (e repito que são cada vez menos) se dá ao trabalho de ser vosso espectador.
Sei obviamente que não se pode pôr um carro utilitário a competir com um topo de gama - leia-se fazer uma grande equipa com jogadores apenas medianos -, como sei também que não há equipas de ataque (apenas boas equipas, desde que equilibradas). Mas há futebol de ataque, sedutor, aquele de que são expoentes o Barcelona ou o Arsenal. É nesses exemplos que o futebol português se deve inspirar, mesmo que tal excelência só seja viável com outros orçamentos.
Acontece que o Burnley, o Stoke, o Wolverhampton ou o Hull City também não têm poderio dos "big four" ingleses mas batem-se com eles, semana após semana. Vão à luta, com o mesmo espírito daquele boxeur que sabe que vai levar muita pancada mas tem noção de que a sua dignidade de desportista passa por também tentar acertar no homem que o vai deixar "KO". O desporto só é verdadeiramente nobre quando todos os que competem sonham com a vitória. Marco Chagas contou-me um dia uma história magnífica dos tempos em que o campeão Bernard Hinault perdia etapas sucessivas da Volta a França para o novo príncipe Laurent Fignon (hoje numa dura prova contra um cancro). O loiro dos óculos acabava sempre à frente mas o velho bretão tentava fugas sucessivas, dia após dia. Atacava e voltava a atacar. Quando lhe perguntaram por que insistia nesse esforço aparentemente inútil, respondeu algo como: "Ele há de ter um dia mau... e eu lá estarei". A maioria das equipas portuguesas tem metade de Hinault. Também está sempre à espera que o adversário falhe. Só que raramente ataca. Nota: Depois de dois anos de claro domínio de Fignon no Tour (83 e 84), Hinault voltou a ganhar.
E...
Tentei explicar lá em casa por que era tão especial ver Bolt. E rever. É que ver aquilo, e sentir que fazemos - mesmo enquanto espectadores - parte daquela história no momento em que acontece não deve dar direito a replay durante décadas. Talvez não vejamos mais nada igual na vida. E não há-de haver ali doping, que já me bastaram Ben Johnson, quando ainda acreditava na inocência dos campeões, e mais tarde Pantani, o meu ídolo careca das bicicletas, que subia montanhas com uma galopada só comparável à vertigem com que desceu depois para a morte mais anónima. Quem me fez assim, apaixonado pelo desporto, não ia autorizar outra desilusão destas, ainda por cima agora que Armstrong e - agrade-lhe a ele ou não - Contador me trouxeram de volta a paixão da Volta a França, resgatando-me daquele ano trágico em que a uma lenda de verdade se seguiu um Landis aldrabão. Insisti assim que todos percebessem o que é Bolt, que é mais que Carl Lewis, Bubka, Gebrselassie ou Bekele. É um extraterrestre que nasceu na terra dos humanos mais rápidos, nessa Jamaica do reggae onde também surgiram no mundo Ben Johnson, Linford Christie ou Asafa Powell. A genética há-de ter uma explicação que eu não me convenço só com a papa de mandioca. Tentei explicar Bolt com o mesmo carinho com que gravei em VHS o último jogo do verdadeiro Michael Jordan (pelos Bulls, claro), que mesmo depois de LeBron e Kobe há qualquer coisa que não se voltou a ver. Os mitos constroem-se assim: para mim, Jordan será sempre o homem que ganhava as finais sozinho. É um exagero? É sempre, porque na nossa imaginação os grandes campeões são ainda melhores. Lá, eles nunca falham, nunca jogam mal e acabam sempre a festejar. Os mitos existem porque, embora outros génios surjam entretanto, ninguém lhes consegue copiar a assinatura. Um livre de Platini é um livre à Platini. Diferente de Beckham, Pirlo ou Juninho Pernambucano. Como ninguém fez passes rasteiros, a rasgar e a isolar, como Zico, por muito que exista Fàbregas. E não há elegância na área como a de Van Basten, ainda que seja emocionante ver como o gigante Ibrahimovic reproduz a habilidade de Romário. E não voltou a haver Eusébio apesar das cavalgadas dos Ronaldos, seja do nosso ou do fenómeno brasileiro. Nem Pelé, apesar de Ronaldinho parecer decalcado do Pelezinho que surgiu na banda desenhada nos anos 80. Messi chega a parecer Maradona, é um facto. Mas Maradona há só um e até embirra que o comparem porque se sentir um degrau abaixo de Deus. Na galeria dos imortais todos são incomparáveis. Para mim, a partir de agora, um mais que todos os outros: Usain Bolt - provavelmente o melhor atleta de sempre. |
|
domingo, 30 de agosto de 2009
Paulo Bento
Para mim, e pelo que fez em anos anteriores pela equipa leonina é sem dúvida um treinador credível, competente e conhecedor do futebol, por isso não é o seu bonito penteado e a sua voz irritante que me farão mudar de ideias que o Sporting está muito bem servido. Aliás, estando em fim de contrato, para mim seria sempre a solução nº1 para o Slb na época que agora começou (não significa que desgoste de Jorge Jesus, antes pelo contrário).
Mas tenho que admitir que o futebol praticado e a época está a ser uma desilusão. Por isso, só à 2 situações que possam explicar estes resultados negativos, ou faltam os golos do Liedson para normalizar a situação, ou por algum motivo os jogadores estão " a fazer a cama ao mister".
Porque antes o Sporting vendia, não comprava, a equipa jogava à bola e ganhava. Este ano não venderam, reforçaram-se bem e as coisas estão a fracassar.
Sinceramente, encontro-me curioso para saber como a equipa reage a este momento.
Quero mencionar que escrevo este topic, horas antes do Sporting se deslocar a Coimbra, ou seja, sem saber o resultado final.
Liga Espanhola
Neste momento diria 51% para Barcelona, 49% de hipóteses para o Real Madrid. Sim, falei nestes valores, para descrever como acho que vai ser equilibrado este campeonato quanto ao título. Dou ligeiro favoritismo aos catalães, por terem a equipa já entrosada e estabilizada e a confiança está em alta, após a magnífica época anterior. Em contraste, temos um Real Madrid que se os jogadores renderem o que valem, é sem dúvida a equipa mais forte do Mundo.
Depois temos para os lugares cimeiros, os do costume, onde este ano até investiram relativamente pouco. Refiro-me, claro ao Atlético Madrid, Sevilha, Villareal, Valência e uma ou outra surpresa que possa aparecer.
Façam as vossas apostas.
Por mim. . . .
RAP - Chama Imensa 29-08-2009
Abriu a caça ao jornalista |
A chama imensa |
Por ricardo araújo pereira |
GOSTAVA de começar por pedir desculpa pelo que aqui escrevi na semana passada. Quando falei dos sucessivos espancamentos que vitimam os funcionários do Porto, cometi um erro grave: esqueci-me das agressões que, também na região do grande Porto, têm vitimado os jornalistas. Carlos Pinhão foi espancado à saída de um Beira-Mar-Porto, Marinho Neves foi agredido várias vezes e, a fazer fé nos jornais, esta semana calhou a um repórter do Jornal de Notícias ser vítima de atropelamento e fuga. Desta vez, não se trata de um jornalista desportivo e, como fazia cobertura a um caso da vida privada de Pinto da Costa, o acontecimento não deveria ter repercussão nos jornais desportivos. Foi então que a SAD do Porto emitiu um comunicado a explicar o sucedido, e nessa altura o episódio passou a pertencer ao âmbito do futebol. Notou-se. A polémica que se seguiu foi mais parecida com uma discussão sobre futebol do que com uma conversa sobre código da estrada. O jornalista disse que foi atropelado; a SAD diz que houve apenas um contacto lícito entre o retrovisor e o homem. Uma espécie de carga de ombro automobilística. É tudo uma questão de intensidade, como diria Pôncio Monteiro. As testemunhas disseram que a polícia mandou parar o carro; a SAD alega que o motorista não ouviu o apito, pelo que não há lugar à amostragem do cartão amarelo. Como é evidente, tratar o episódio como um caso futebolístico, e não como um problema de trânsito, beneficia Pinto da Costa: no mundo do futebol, em princípio, nunca lhe acontece nada. NO dia 9 de Junho, em entrevista à RTP, José Eduardo Bettencourt disse que Paulo Bento era, e cito, «o melhor treinador da história do Sporting». Em Julho, depois do falecimento de Bobby Robson, recordou o inglês como «um bom treinador», e disse que o seu despedimento por Sousa Cintra tinha sido um «erro histórico do Sporting». Em Maio, já tinha dito «Paulo Bento forever». Em princípio, portanto, e tendo em conta que forever dura bastante tempo, neste momento é mais provável o Sporting despedir o presidente do que o treinador. Benfica-Marítimo. Na grande área dos visitantes, um defesa lança-se para o chão e, inadvertidamente, toca com a mão na bola. O jogo estava empatado. O árbitro mandou seguir. Sporting-Braga. Na grande área dos visitantes, um defesa lança-se para o chão e, inadvertidamente, toca com a mão na bola. O jogo estava empatado. O árbitro mandou seguir. Porto-Nacional. Na grande área dos visitantes, um defesa lança-se para o chão e, inadvertidamente, toca com a mão na bola. O jogo estava empatado. O árbitro marcou penalty. Diz-se que faz falta definir um critério para ajudar a avaliar estes lances. Como é óbvio, o critério já existe. Toda a gente o conhece, e é bem antigo. |
sábado, 22 de agosto de 2009
RAP - Chama Imensa
A chama imensa: Há mais espancamentos no Porto hoje do que em Chicago nos anos 20
Por Ricardo Araujo Pereira
Qual é a profissão mais perigosa do mundo? Militar? Polícia? Não: funcionário do Porto. É incrível, mas os funcionários do clube da organização são os que se encontram mais vulneráveis ao crime organizado. Quem trabalha para o clube do rigor está mais perto do rigor mortis. Derlei foi ameaçado, Costinha ameaçado e insultado, Paulo Assunção ameaçado, insultado e perseguido. O carro de Cristian Rodríguez ficou com os vidros partidos, o de Co Adriaanse levou com um very light. As agressões são tão eclécticas quanto o próprio clube, e por isso não esquecem as modalidades: o basquetebolista Matt Fish foi agredido num escritório, e agora o futebolista Adriano, 11 dias depois de ter sugerido que iria fazer revelações polémicas sobre o Porto, foi espancado à porta de uma discoteca. A violência contra funcionários do Porto é tão frequente que devia ser contratualizada e comunicada à CMVM: «O jogador Adriano assinou contrato por três anos com a FC Porto SAD, ao longo dos quais vai auferir um salário de 35 000 euros mensais e enfardar duas cargas de pancada por trimestre».
O mais surpreendente é que tudo isto aconteça impunemente a empregados do clube da gestão altamente profissionalizada. O Porto não consegue proteger os seus trabalhadores, nem parece interessado em fazê-lo. Nunca os dirigentes do clube da competência e da estrutura vieram a público manifestar indignação contra quem agride os seus funcionários. Não se ouve um apelo às autoridades, uma intenção de agir judicialmente contra incertos, um pedido para que os bandidos vão agredir gente de outras colectividades. Nada. Mas talvez o problema seja a enorme quantidade de suspeitos: quem teria interesse em agredir um jogador que está a treinar-se à parte porque recusa há anos as soluções de transferência que o Porto lhe propõe e duas semanas antes da agressão, disse: «Quando eu decidir falar, saiam da frente»? Tanta gente.
Pelo menos, agora percebemos melhor o que Adriano quis dizer: «Quando eu decidir falar, saiam da frente, porque nessa altura já não devo ter dentes e sou capaz de ter dificuldades em controlar a saliva».
No final do jogo contra o Paços de Ferreira, Jesualdo Ferreira lamentou: «É fácil expulsar Hulk em Portugal». Alguém console o professor, porque está a chorar em vão. Na verdade, não é assim tão fácil. O que continua a ser fácil, em Portugal, é anular golos aos adversários do Porto no último minuto. Expulsar o Hulk é até bastante difícil, na medida em que, ao contrário do que sucede com os outros jogadores, Hulk só recebe ordem de expulsão ao fim da segunda infracção para vermelho directo: a bofetada a um jogador do Paços de Ferreira nem amarelo valeu, e a tesourada por trás justificou, com favor, um relutante segundo amarelo.
Embora ache que Hulk devia ter sido expulso ainda na primeira parte, gostaria de deixar claro que não condeno o seu comportamento. Pelo contrário, até acho ajuizado que os jogadores do Porto pratiquem actos violentos em campo. É uma maneira de mostrar a futuros capangas que também têm jeito para andar à pancada. Pode ser que os desencoraje.
Não resisti a colocar esta crónica do grande Ricardo Araújo Pereira. Como sempre sem medos de dar a cara pela transparência do futebol e claro como adepto do Slb. RAP continua assim, ÉS GRANDE.
Calcio
Um Milão pelas horas da morte e uma Juventus a querer recuperar do Calciocaos faz com que José Mourinho tenha mais a perder do que a ganhar. Sim, se for campeão é natural (até Mancini limpava tudo), caso não seja campeão cairá em desgraça.
Inter - É sem dúvida o principal candidato, a concorrência é fraca, a equipa perdeu o melhor jogador, mas reforçou-se ainda melhor. Penso que o principal objectivo seja finalmente fazer uma campanha convincente na Liga dos Campeões.
Juventus- Reforçou-se pouco, mas conscientemente, apenas 2 reforços, mas serão para serem titulares de caras. Contudo, em condições normais muito curto. Treinador faz a sua estreia e as expectativas ainda são poucas, mas claro a hipótese de surpreender não está afastada.
Milão- A anos luz, daquele potente Milão que comecei a ver jogar. Equipa "velha" sem ambição, e onde apenas lamento que Pato ando ali perdido. Mas quem tem um presidente que a sua principal preocupação seja prostitutas, também não merece melhor.
Depois teremos, sim um campeonato disputado e aliciante na luta do 4º ao 9º lugar, onde haverá um grande equilíbrio com Roma, Fiorentina, Génova, Nápoles, Lazio e Palermo.
De destacar as principais contratações:
Eto`o- Inter
Milito- Inter
Diego- Juventus
Filipe Melo- Juventus
Huntelaar- Milão
Amelia- Génova
Palacio- Génova
Crespo- Génova
Zapater- Génova
Quagliarella- Nápoles
Zuniga- Nápoles
Pastore- Palermo
Panucci- Parma
Ah,se puderem acompanhem este menino ....... Mauro Zárate.
Ninguém mete mão nisto?
Beto
domingo, 16 de agosto de 2009
Liga Sagres
O Sporting reafirmo não está tão enfraquecido como querem fazer querer, não tenho duvidas que voltará a fazer um excelente campeonato. Mas penso que o banco de suplentes continua a ser curto.
Benfica- Excelente plantel, acima de tudo porque Jesus conseguir pegar e recuperar alguyns jogadores. Vou acreditar que esta pré época não seja um acaso e que as principais rotinas comecem a ser criadas para um Benfica rumo ao título.
Surpresas- Marítimo e Guimarães
Desilusões- Braga e Leixões
sábado, 15 de agosto de 2009
Premier League
Este verão foi marcado pelos reforços do Man City e pela saída de Cr7.
Penso que vamos ter 3 candidatos e depois aparecerá variás equipas na 2º linha com grande qualidade.
Candidatos ao título:
Man United- Numa palavra, tri-campeão. Penso que está mais enfraquecido em relação à época passada devido às saidas do internacional português e de Carlitos Tevez, onde Valencia e Owen estão a quilometros de serem alternativas adequadas. Mas, quem conhece Sir Ferguson, não se mostra surpreendido com esta política de mercado.
Chelsea- De longe o plantel mais forte ( e parece que não fica por aqui, fala-se com insistência em Pirlo e Kun Aguero), mas em contrapartida tem o pior treinador dos candidatos. Com Guus Hiddink para mim o título seria uma certeza.
Liverpool- Sendo a equipa mais estável e entrosada, acredito sériamente que é este o ano que vai "matar o borrego de 20 anos". Go Reds. You will never walk alone.
Depois temos Man City com todos os reforços que conseguiu, será uma força ainda maior, mas ainda assim um plantel ainda insuficiente para outros voos que as competições europeias.
Arsenal é uma equipa cada vez enfraquecida, que começa a ter um rumo que não consigo entender. Fui dos primeiros a apoiar o projecto Wenger, mas neste momento não desminto que começa a ser um projecto falhado caso o francês mantenha as mesmas bases.
Aston Villa está uma sra. equipa, verdade que perdeu o seu melhor jogador, mas sempre bem orientada e dispondo de um grande leque de bons jogadores continuará a pisar os calcanhares aos gunners.
Tottenham apesar de ser uma equipa no mercado, só olhando para avançados, este ano continuará nos lugares cimeiros, tendo argumentos para discutir qualquer jogo.
Concluindo: O Chelsea é treinado por Ancelotti
Man United perdeu o melhor do Mundo
Arsenal continua um infantário
Por isso, LIVERPOOL eu acredito !!!!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Liga Record JDP 09/10
Se alguém quiser participar com jantares mensais de contemplação ao vencedor de cada mês ou se tiverem outra ideia sugiram. Não guardem para o fim, depois não há revistas... Boa sorrte, alguma dúvida na revista será esclarecido de tudo.. Um campeonato de pessoal conhecido tem outro sabor.
A liga este ano vai ter algumas novidades, nomeadamente o facto de ter deixado de existir algumas posições de jogadores em campo, e de haver agora 7 tácticas possíveis de se utilizarA lista completa dos jogadores só será divulgada na primeira semana de Setembro, pois a inscrição de jogadores termina a 31 de AgostoA Competição só deverá começar lá para a 4ª Jornada. Mas como habitualmente serão efectuados os cálculos das 3 jornadas apenas para estatísticas e para servir de base para construírem os Vossos plantéis.Passa a haver todas as semanas o Capitão de equipa" há um "joker" que soma o dobro dos pontos. A escolha do capitão é facultativa. Na selecção dos 23 jogadores que constituirão o plantel de cada equipa, não existe qualquer limitação quanto ao número de jogadores do mesmo clube ou de estrangeiros. Não se pode repetir nenhum nome, de acordo com as seguintes especificações: 3 guarda-redes 8 defesas8 médios 4 avançados
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Bundesliga
Se à liga que vou ter um gosto especial em comentar, sem dúvida que é a Liga Alemã. Sem duvída alguma é o campeonato mais desvalorizado que existe. Aqui em Portugal não acompanham, com regularidade, e digo sem hesitações, é provavelmente a minha liga preferida. Estádios cheios, normalmente com golos que nunca mais acabam, onde dá para pescar algumas novas pérolas para o futuro e acima de tudo pela imprevisibilidade do vencedor final, onde o equilibrio costuma ser uma certeza, apesar dos orçamentos desiguais do Bayern Munique. Para terem uma noção e desafio alguem a contrariar-me daquelas 10 equipas principais todas jogam com 2 pontas de lança.
Breve análise . Bayern Munique- Principal candidato ao título.
Wolfsburgo- Sendo campeão, manteve a estrutura continuando com um plantel equilibrado, onde juntou 3 excelentes reforços, pena ter perido o treinador Felix Magath.
Hamburgo- Principal Outsider, vai surpreender.
Estugarda- Equipa fantástica que tem no meio campo a sua principal arma.
Leverkusen- Equipa muito jovem que tem tudo para explodir de vez.
Schalke- Apostou tudo no treinador, mas vai estar longe dos primeiros.
Werder Bremen- Longe da qualidade de outros tempos.
Jogadores jovens a seguir com muita atenção...
Rakitic (schalke)
Subotic (Dortmund)
Gonzalo Castro (leverkusen)
Arturo Vidal (Leverkusen)
Renato Augusto (Leverkusen)
Zuculini (Hoftenhein)
Carlos Eduardo (Hoftenhein)
Marcus Berg (Hamburogo)
Elia (Hamburgo)
Marin (Werder Bremen)
Ozil (Werder Bremen)
Khedira (Estugarda)
Vou torcer por todos, excepto Bayern Munique, apesar de ser o principal favorito.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Ligue1
Já nos encontramos em pleno Agosto e os principais campeonatos europeus começam a ter início, semana após semana. Vou fazer uma breve análise, à medida que os campenatos se iniciam de cada um deles. Neste fim de semana vamos ter início ao campeonato francês e alemão.
Liga Francesa- Após um mercado de transferências muito agitado, preve-se um campeonato muito equilibrado, com 3 candidatos ao título e onde pode também surgir como surpresa o PSG. Certamente que o próximo campeão surgirá no lote de Lyon, Bordeus ou Marselha. As casas de apostas apontam para que a equipa Marselhesa volte a conquistar o ´titulo, mas mantenho muitas reservas quanto a essa possibilidade.
Bordéus- Tem a vantagem de manter a mesma estrutura que o levou a conquistar o título a época passada, onde apenas perdeu Obertan para o Man Utd e assegurou a contratação do excelente guarda redes carrasco e uma das principais referências checas Plasil.
Marselha- Talvez a equipa que mais entusiasmou o mercado e que dispõe do leque de jogadores com maior nome e traquejo europeu. Nomes que não enganam e que entusiasmam qualquer adepto. Gabriel Heinze, Lucho, Morientes entre outros dão qualidade, mas 13 reforços e 11 saídas não ajudam a dar estabilidade, incluindo novo treinador. Pena a saída do argelino Ziani.
Lyon-Para colmatar a saída dos 2 principais jogadores, investiram 100M, um forte investimento, manifestando o desejo de voltar a recuperar o título. Creio que pensaram muito no ataque e pouco na defesa, veremos com expectativa este investimento.
Como não desejo que o Porto receba mais das transferências de Cissocko, Lucho e Lisandro por objectivos alcançados, vou torcer para que a estabilidade do Bordeus e o maior entrosamento os leve ao bi campeonato.
Principais transferências-Landreau -Lille
Gomis- Lyon
Lisandro- Lyon
Michel Bastos- Lyon
Heinze- Marselha
Lucho- Marselha
Morientes- Marselha
Eduardo Costa- Monaco
Coupet- PSG
Bangoura- Rennes
Gelson Fernandes- Saint Ettiene
Para terminar para referir que este logótipo é o da época 2007-08 porque não encontrei o deste época.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Domingos . . . . . . "paciência"
Após terminada a 1ºronda Europeia, a única equipa portuguesa que atingiu os seus objectivos foi o Sporting. Apesar de uma exibição paupérrima, a equipa leonina teve a felicidade do jogo. Volto a frisar, nem os adeptos sportinguistas devem manifestar toda a indiganção, nem os rivais se devem entusiasmar após esta pré-época àquem do desejado tanto em resultados como em futebol praticado, pois reafirmo o Sporting vale muito mais que isto.
O Paços de Ferreira ficou pelo caminho, apesar de o opositor ser desconhecido, a equipa da capital dos móveis não tem andamento para estas competições.
Alterando um pouco o tema de conversa, todos nós estamos lembrados das palavras de Domingos Paciência há 3 semanas, quando disse algo como "Venho para o Braga com ambição, esta equipa vale muito mais do que fez o ano passado, .. onde o 4º lugar é pouco e tinha equipa superior ao PSG na Taça Uefa". Sinceramente não sei se foi o patrão António Salvador, ou foi o patrão Pinto da Costa que lhe encomendou estas palavras para provocar Jorge Jesus, mas uma coisa é certa gostei de ver o Porto B eliminado por 4-1 com o todo poderoso Elfsborg (penso que é assim que se escreve).
Certamente que quando o PSG estiver no patamar desta equipa sueca, terá uma palavra a dizer na liga francesa .
Quanto ao mister Domingos, pode ser que tenha um futuro longo aí em Braga como teve o amigo Jorge Costa.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
"Quem é o maior benfiquista?"
Pois, tinha sido seleccionado para participar no concurso que é transmitido diariamente pelas 21:30 "quem é o maior benfiquista?" A Sra. fez-me um pequeno questionário acerca de mim e depois umas perguntas sobre o meu querido clube... Ao fim de tanta pergunta, tive que dizer "Por favor faça o que entender, altere as minhas respostas mas eu tenho que ir ao programa. Finalmente a sra. confirmou a minha presença. Disse para estar atento que me ligava ainda este mês para participar no programa.
Lá vou eu tentar honrar a família benfiquista do concelho de Mação, deixarei aqui os próximos desenvolvimentos.
Estejam atentos.
Não posso deixar de referir que quando me perguntou o que é para mim o Benfica? Fui claro, são 24h por dia dentro de mim.
domingo, 2 de agosto de 2009
E agora?
Mas não posso esconder que ao 3º troféu conquistado, começa a aparecer novamente a ilusão. Não, não acontece pelos reforços, mas sim pelo futebol praticado, temos tido uma equipa completamente demolidora que tem dado novas esperanças aos adeptos benfiquistas. Por incrível que pareça até os adeptos mais cépticos e críticos andam entusiasmados.
Os adeptos dos clubes rivais, esses dizem que todos os anos na pré epoca andamos assim e depois acabamos desiludidos.
Será que eles têem razão e iludimo-nos com pouco?
Ou haverá razões para acreditar no sucesso?
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Morreu Sir Bobby Robson
Faleceu Bobby Robson, antigo treinador do Sporting e FC Porto. O inglês lutou por diversas vezes contra o cancro até aos 76 anos.
O ex-técnico, que já estava confinado a uma cadeira de rodas, lutou cinco vezes contra o cancro, nos intestinos em 1992, melanoma maligno em 1995, um tumor no pulmão direito e outro no cérebro em 2006, mas em 2007 foram descobertos vários nódulos cancerígenos, dos quais seria impossível recuperar.
Uma morte que me entristece imenso. É verdade que nunca treinou o glorioso, mas ainda assim tenho que reconhecer os valores quer tinha como homem e como tecnico de futebol. Todos nós desportistas e amantes do futebol, desejamos que a sua alma descanse em paz...
Sem duvida um verdadeiro exemplo.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Pela boca morre o peixe
Quando Kaka se transferiu para o Real, Laporta foi rápido a dizer "É uma contratação que não se ajusta à realidade do mercado. Na verdade, ela distorce as coisas, e isto é muito arriscado. Pagar uma quantidade destas por um jogador é algo exorbitante", sustentou o dirigente do clube catalão.
Poucos dias depois quando a transferência de Cristiano, Laporta reagiu assim sobre CR9- "Real Madrid está a distorcer os valores do mercado, nenhum jogador vale 94M"
Vem isto a propósito da transferência de Zlatan Ibrahimovic para o Barcelona, avaliada também em 90M, pois Sr Laporta um ex melhor do mundo não vale 65M, e o melhor do mundo com 24 anos apenas é irrisório valer 94M e agora avalia um jogador de 28 anos em 90M. Com todo o mérito e valor do sueco (para mim melhor avançado do mundo) e que assim coloca os 4 melhores jogadores da actualidade em Espanha, onde deixa o campeonato ao rubro, mas sr Laporta você calado é um poeta.
Faz lembrar um dirigente do Norte que mesmo ganhando se preocupa mais com os do Sul do que o seu umbigo.
domingo, 26 de julho de 2009
Tour 2009
Ao contrário de cada prova, no meu entender, este Tour teve 3 vencedores. Sim, leram bem... passo a explicar.
Lance Armstorng- Prova fantástica para um ciclista que dispensa apresentações, conseguir ir ao pódio com os seus 37 anos e após ter visualizado as 3 ultimas edições no sofá é sem duvida brilhante, só ao alcance dos melhores.
Andy Schlek- Impossível pedir mais a este ciclista. Só não ganhou porque Contador é de outra galáxia. Também esteve brilhante e certamente que está satisfeito com a prova realizada.
Alberto Contador- O espanhol mais que vencer o Tour, venceu contra todas as adversidades, foi penalizado em tudo pela sua própria equipa, mas mostrou que é de outro campeonato. Venceu sem grandes problemas e nada de anormal acontecer, para o ano terá o tri.
De referir apenas que Johan Bruyneel ficou mal na fotografia, nunca um director desportivo foi tão penalizador e desrespeitante para o seu chefe de fila. A Astana merecia mais deste senhor.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
No meu arquivo encontrei isto....
Cada um tira as ilações que entenderem ..... eu não comento nada.
Jornal Record
Contudo venho dar a mão à palmatória, vejamos...
Jorge Jesus, ainda ninguém o ligava ao Slb quando este jornal o garantiu como treinador a suceder a Quique, até no dia seguinte ao Slb comunicar à CMVM que Quique era para manter, este jornal garantia que este comunicado era falso e reafirmou que Jesus vinha a caminho. Durou 2 meses, mas tinham razão.
Poucos dias depois, antes de toda a concorrência este meio de comunicação social lançou o nome de Ramires, no dia seguinte Slb comunicava a sua contratação.
Saviola, Schaffer, Javi Garcia, Weldon idem idem, foram todos falados em 1ºmão por Record, e mais.... foram apenas estes os nomes que lançaram, ainda não falharam nenhum.
Uma coisa neste momento é certa, à fuga de informação na Luz e Record é sem dúvida o único jornal credível a "lançar" nomes.
Custa-me, mas tive que admiti-lo.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
«Claro que gostava de voltar ao Benfica»
Entrevista de joão bonzinhoEnviado-especial de A BOLA a Espanha e colaborador de JDP
MADRID — Duas épocas em Espanha, duas vezes 4.º com o Atlético de Madrid. Expectativas para este ano?
— Mantenho a expectativa que já tinha para a última época, porque já devíamos ter terminado a Liga no 3.º lugar. Pela equipa que temos, pelo grande esforço que o clube fez para ter um grupo tão forte, pelo que jogámos em boa parte do campeonato, devíamos ter ficado em 3.º e não terminado em 4.º, com aquele sofrimento todo para nos qualificarmos para o play-off da Liga dos Campeões, numa guerra com o Valência e com o Villarreal, por exemplo, que acabaram de fora.
Conseguir o acesso directo para a Liga dos Campeões é o grande objectivo. Em Portugal estava habituado a jogar para ser campeão, mas agora, no actual momento do Atlético de Madrid, o grande objectivo tem de ser entrar directo na Liga dos Campeões, a grande competição europeia de clubes e a prova na qual todos os jogadores querem estar.
- Quer dizer que o Atlético não pode ambicionar mais na Liga espanhola?
- Não, não quer dizer isso, porque se o clube continuar com esta aposta, a trabalhar como está a trabalhar, mantendo a base da equipa, que é o mais importante em todos os clubes, dentro de dois/três anos pode perfeitamente estar a lutar pelo título. Mas neste momento o Barcelona tem uma vantagem considerável sobre os adversários, porque tem uma equipa formada, com muitos jovens que cresceram no clube, e um futebol fantástico. O Real Madrid, por seu lado, está a querer reconstruir uma grande equipa e vamos ver o que vai conseguir fazer já este ano. Seja como for, o Atlético deve ambicionar tudo, com a noção de que o seu objectivo principal é, no imediato, entrar na Liga dos Campeões.
- Está arrependido de ter saido do Benfica? Tem saudades?
- Nunca devemos arrepender-nos destas decisões. Claro que existe aquela saudade. Foram seis anos muito bons, nos quais consegui mostrar realmente o meu valor. Estive muito anos no Sporting na fase de formação, apenas dois anos como profissional, e por isso foi no Benfica que vivi a minha grande afirmação como profissional de futebol.
Tive momentos muito bons e alguns momentos maus, como todos os profissionais, mas os momentos bons que tive no Benfica foram excepcionais, ajudaram-me a crescer e a tornar-me melhor jogador. O facto de ter sido capitão muito jovem também foi muito importante para o meu crescimento. Tenho a certeza de ter conquistado as pessoas do Benfica.
- Como recorda hoje os primeiros tempos no Benfica?
- Não foram fáceis. Recordo perfeitamente que nos primeiros seis meses senti dificuldades, de vária ordem, e custou-me um bocadinho voltar a adaptar-me ao futebol português. Digo isso porque no primeiro ano no Barcelona, o treinador Van Gaal quis mudar a minha forma de jogar. Eu era um jovem que pegava na bola e gostava era de ir num um contra um, estava naquela idade de querer fintar, e quando cheguei ao Barcelona Van Gaal quase me obrigou a jogar sempre a dois toques.
- Mas até que ponto foi Van Gaal importante na sua evolução como jogador?
- Muito importante. Devemos tirar sempre o melhor que podemos de qualquer treinador. No fundo, todos eles têm coisas boas. Aprender é um acto de inteligência, mostra que queremos evoluir. E eu felizmente tive grandes treinadores. Van Gaal era um treinador que trabalhava muito bem no campo. Ele preparava treinos fantásticos, quase sempre com bola, que José Mourinho executava. Com eles, evolui muito tecnicamente. Tínhamos treinos só de técnica - controlar a bola, passá-la, centrá-la, rematá-la. Hoje, sou melhor jogador também graças a essa aprendizagem no Barcelona.
- Primeiro ano difícil em Barcelona mas, pelos vistos, muito útil...
- Sim, difícil, porque Figo e Rivaldo eram os titulares, e não joguei o que gostaria de ter jogado. No segundo ano, já sem Figo, fui praticamente titular com o treinador Serra Ferrer. E só não joguei na parte final porque me lesionei e a troca de treinadores (Ferrer por Resaxch) também não me beneficiou. Foi, aliás, também isso que me fez decidir sair de Barcelona. Há pessoas que pensam que fui dispensado, mas não. O Barcelona estava um pouco instável, tinha trocado de treinador, tinha trocado também de presidente, e eu é que pedi para sair, porque sentia que iria voltar a viver um período muito difícil.
- E lá apareceu o Benfica...
- Apareceu o Benfica mas também o Sporting, só que o Sporting acabou por desistir, porque queria que o Barcelona me emprestasse e o Barcelona só queria vender-me. Vim para o Benfica porque o Benfica era o único clube que aceitava pagar o que o Barcelona pedia. Como profissional de futebol, apesar do carinho especial que tinha e tenho pelo Sporting, não podia deixar de aceitar o convite do Benfica. Houve pessoas ligadas ao Sporting que pareceram não entender isso, mas não ia ficar sem jogar, não é?...
A verdade é que vim a passar seis anos fantásticos no Benfica, não ganhando o que queria ganhar, eu e o clube, mas que me deixaram muitas, muitas saudades.
- Continua a sofrer pelo Benfica?
- Agora sofro de maneira diferente. Vejo os jogos sempre que posso, em casa, faço as minhas críticas, como todos os adeptos [sorri], porque agora sou um adepto e vibro e comento como tal, é normal [sorri de novo]. Mas tenho saudades, sim, saudades de jogar na Luz. Tocou-me muito despedir-me do Benfica. Recordo que na sala de imprensa, quando me despedi, chorei. Foram seis anos muito bons.
- Balanço destes dois anos em Madrid: como foi a adaptação à vida espanhola?
- Voltou a não ser fácil porque vivi sempre com a família durante os anos em que estive no Benfica. Tinha as minhas rotinas. Estava habituado a ir buscar a Mariana à escola, e o Martim, a levá-los, enfim, tudo aquilo que um pai faz. Quando vim para Madrid optámos por dividir a família, porque a Mariana começou na 1.ª classe.Felizmente, correu tudo muito bem, a Mariana é uma óptima aluna, tem excelentes notas, e acho que valeu a pena a dificuldade, para mim e para eles, da distância. Mas não é fácil, realmente, estar longe deles, é um silêncio enorme em casa... Aos poucos, com a competição, muitas vezes com dois jogos por semana, vamos superando essa ausência. Além disso, eles vêm muitas vezes a Madrid, quase sempre que jogamos em casa, de quinze em quinze dias
- Como é a relação da Mariana, já com 8 anos, com o futebol e com a profissão do pai?
- Tem a noção exacta de tudo. Fica orgulhosa quando pedem autógrafos ao pai. O Martim, que faz os 6 anos em Setembro, não tem ainda a noção do que o pai faz. A Mariana sim, e ao mesmo tempo sente muito o afastamento. Ainda no outro dia perguntava porque tinha de partir outra vez para Madrid. Voltei a explicar-lhe e ela saiu-se com esta: 'Ah, era muito melhor quando jogavas no Benfica'. Até me comovi.
- E gosta de ver os jogos?
- Gosta muito, fica super atenta e pergunta tudo, porque perdemos, porque fiz assim ou assado. Gosta de estar a par de tudo, mostra muito interesse naquilo que o pai faz e eu adoro explicar-lhe, porque todos esses momentos são únicos. E tão depressa não esqueço ela ter dito que era muito melhor quando estava no Benfica... Senti um aperto no coração quando a ouvi, mas é a pensar no futuro deles que também aceitamos estes desafios.
- Mas a sua vida aqui estabilizou; vive numa zona tranquila...
- Sim, vivo mesmo ao lado do centro de treinos. Quando estava no Benfica, tinha que acordar muito cedo; vivia em Cascais, tinha de ir para o Seixal e demorava sensivelmente hora e meia. Aqui, até porque estou sozinho, optei então por viver mesmo ao lado do trabalho, numa zona tranquila.
- Gosta de viver em Espanha?
- Gosto, gosto. A adaptação à vida espanhola foi fácil.
- E à comida?
- Também. Come-se bem em Espanha e a comida não é muito diferente da nossa. Não é que vá todos os dias ao restaurante, porque não vou, aliás, como a maior parte dos dias em casa porque tenho de cuidar da minha alimentação, mas há muitos bons restaurantes.
- Quem lhe faz a comida?
- Uma empregada. Mas às vezes faço eu ao jantar...
- E gosta de cozinhar?
- Desenrasco-me. Coisas que não sejam muito difíceis e que têm a ver com a alimentação que preciso, massas, frango grelhado, sopa, saladas, arroz, e, sim, gosto de o fazer. Sempre me cuidei ao máximo. Alimentação e descanso são fundamentais para um profissional de futebol. Há, aliás, três coisas essenciais nesta profissão: treinarmos bem, alimentarmo-nos bem e descansarmos bem. É tão importante treinar bem como descansar bem.
- Isso ajuda-o a não ter lesões...
- No primeiro ano aqui, em Madrid, até tive algumas a que não estava habituado, e sofri um bocadinho, sobretudo porque queria jogar rápido e complicava a recuperação. Mas a época passada correu-me sem problemas, tive apenas uma lesão, num jogo contra o Getafe, quando o Casquero caiu em cima do meu joelho direito...
- Casquero? Não foi com Casquero que Pepe teve aquela infeliz cena no final do campeonato?
- Sim, foi com ele.
- Que comentário lhe sugere o que aconteceu?
- Mandei uma mensagem a Pepe logo a seguir àquele jogo. Não quis ligar-lhe porque acho que naquele momento não apetece falar com ninguém. Fiz questão de lhe mandar uma mensagem a que ele me respondeu, uma mensagem de apoio, a dar-lhe força. Até no meu balneário, quando os jogadores me perguntavam como foi possível ele ter feito aquilo, fiz questão de dizer que o Pepe é um extraordinário rapaz, um jovem muito tranquilo, um jogador muito respeitador, que não cria confusões com ninguém, super divertido. É muito difícil explicar o que aconteceu, mas ele não é nada daquilo, nada agressivo, nada do que as imagens deixam entender. Acredito que nem ele próprio conseguirá explicar o que lhe passou pela cabeça.
- Estava a ver o jogo na TV?
- Sim, estava a ver em directo.
- Pensa que Pepe vai superar facilmente a situação?
- Sim, sem dúvida. As pessoas adoram-no no Real Madrid, sabem do valor dele, é um dos melhores centrais do campeonato espanhol. É um jogador muito forte fisicamente, foi apoiado pelos companheiros e pelo clube, e as pessoas praticamente já esqueceram o que aconteceu. Pepe voltará a jogar ao seu melhor nível.
- A sua adaptação ao futebol espanhol foi mais fácil ou difícil do que esperava?
- Foi boa, ao futebol espanhol e ao clube. O Atlético de Madrid é um clube grande em Espanha, e aqui é como se todos fossemos uma só família, conhecemo-nos todos, jogadores, funcionários, directores, todos, e estamos muito próximos. Os jogadores novos são muito bem recebidos, muito acarinhados pelos mais velhos que já cá estavam, e isso é muito importante, era o que fazíamos no Benfica. Saber receber os que chegam é fundamental para o espírito do grupo, porque a adaptação de quem chega é sempre um pouco mais difícil, aos métodos de trabalho, ao clube, a uma nova cidade. Quanto mais rápido um novo jogador se adapta, mais rápido a equipa beneficia dele.
- Como viu esse louco movimento à volta da chegada de Cristiano Ronaldo ao Real Madrid?
- Tudo o que foi montado em volta do Cristiano vai fazer com que ele tenha muito mais pressão do que já iria ter. Mas ele também já está habituado à pressão, saiu muito novo quando foi para Manchester e rapidamente conquistou as pessoas. O futebol espanhol é, porém, diferente do futebol inglês, e ele vai ter que ser muito forte psicologicamente para aguentar tudo. Sabe que se já era notícia em Manchester, aqui vai ser muito pior, vai ser notícia por tudo e por nada, bastará respirar. Espero que ele consiga atingir tudo o que deseja e que consiga corresponder às expectativas elevadas.
No Manchester, julgo que a equipa estava montada para ele, aqui no Real vai encontrar uma equipa nova, que ainda está a ser construída, e toda a gente vai ficar à espera do que ele vai fazer. Espero que se as coisas correrem mal não o culpem a ele, ou pelo menos só a ele. Já se sabe que é mais fácil culpar um jogador que custou 94 milhões do que outro que já está no clube há um par de anos. Mas acredito que o Cristiano vai ter sucesso porque é um jogador com muita qualidade. Acredito que esteja preparado psicologicamente para todo este tremendo desafio, mas deve saber que isso requer uma preparação quase diária. Aqui vão esperar que ele seja o melhor marcador, que decida todos os jogos, vão cair sobre ele as comparações com Messi, o que faz um, o que faz outro, vai ser uma pressão constante. Não vai ser fácil mas acredito que triunfará.
- Satisfeito com o seu rendimento até agora?
- Nesta segunda época, sim, claro que podemos dar sempre mais, mas neste segundo ano fui já o Simão que era no Benfica. Marquei menos golos, é certo, marquei dez golos, mas também jogo agora numa posição diferente e sobretudo com funções um bocadinho diferentes. No Benfica, com Fernando Santos, tinha muita liberdade, jogávamos com o losango e eu por trás dos dois avançados, e às vezes até mesmo a avançado, numa posição que também gosto. Aqui estou mais encostado à linha, a pensar mais na equipa, ataco mas também defendo muito mais. Tenho de estar sempre em movimento e sempre disposto a atacar e a defender. Também gosto de o fazer, já estou habituado e sinto-me bem. E no final de cada jogo gosto de saber quantos quilómetros corri, quantas bolas recuoeri, enfim...
- E quantos quilómetros corre em média por jogo?
- Entre 11 e 12 quilómetros. É muito para um jogador com as minhas características, na minha posição, como extremo. Só faço esses quilómetros porque tenho de ajudar muito a defender, e é verdade que por vezes sinto que me falta alguma frescura para atacar, mas já estou habituado a esta forma de jogar e tento melhorar o rendimento.
- Mesmo com mais dois anos e contrato com o Atlético, passa-lhe pela cabeça voltar ao Benfica?
- Claro que passa, mentiria se dissesse que não. Mas tenho mais dois anos de contrato e não quero voltar ao Benfica para acabar a carreira. Gostava de regressar para ser uma mais valia, e se tiver de acabar a carreira no Benfica acabo mas só depois de voltar a jogar com total condição, sendo mais valia para a equipa. De contrário, não. Vou fazer 30 anos mas tenho ainda mais seis/sete anos a bom nível. E nunca voltarei ao Benfica a pensar na reforma.
- Quatro/cinco anos no estrangeiro são suficientes para si?
- Acho que sim. Já ouvi alguns rumores sobre o Atlético querer renovar contrato comigo, mas até hoje ninguém falou de nada, são apenas rumores que se ouvem aqui ou ali.. Tenho mais dois anos de contrato, estou feliz, nunca escondi que gostaria de um dia jogar em Inglaterra, e se vier a renovar pelo Atlético acredito que isso já não venha a suceder. Mas nunca se sabe. E reafirmo que gostaria também de voltar ao Benfica. Veremos.
- Porque não foi para o Liverpool em 2005?
- Porque o presidente Luís Filipe Vieira não quis. Por momentos, chegou a parecer que o acordo entre os dois clubes estava feito mas em poucos minutos tudo se desfez.
- É verdade que chegou a estar dentro de um avião para partir?
- Não, dentro do avião não estive. Mas estive à porta do aeroporto, dentro de um carro, à espera. Lembro-me que estava num estágio da Selecção, mister Scolari deu autorização para sair porque era o último dia de inscrições e se fosse para o Liverpool tinha de viajar, fazer exames médicos, assinar e ser registado o contrato até ao final da tarde desse dia. Mas o presidente do Benfica não autorizou a minha ida.
- E porque não foi para o Valência no ano seguinte?
- Nesse caso foi porque eu não cheguei a acordo com o clube. Só isso. Viajámos para lá, o presidente do Benfica fez o acordo mas eu não. E voltámos para Lisboa.
- Esteve seis anos no Benfica, conhece bem a realidade do clube. Apesar de tantos investimentos, o que lhe parece, porque não tem o Benfica conseguido conquistar mais títulos nos últimos anos?
- Não é fácil falar. Fui capitão, tenho lá muitos amigos, muitas raízes. Não é fácil e não quero ser mal interpretado. No futebol é preciso medir bem as palavras que vamos dizer e por vezes somos criticados por sermos sinceros. Mas acho que o Benfica tem de criar a sua estabilidade, criar novamente uma base de jogadores onde assente essa estabilidade. É preciso dizer que o presidente Luís Filipe Vieira fez um grande trabalho no Benfica, fez o centro de estágio, que era essencial, deu credibilidade ao clube, em Portugal e no mundo, e todos sabemos como o Benfica estava e como tem hoje condições fantásticas, do melhor que há.
Mas os adeptos não ficam satisfeitos só com isso, os adeptos querem títulos. Também estive lá alguns anos sem ganhar nada, e depois conquistámos um campeonato, uma taça e uma supertaça, e no meu entender acho que também foi pouco. O Benfica tem pois de criar estabilidade para fazer frente ao FC Porto, que há muito tem no essencial uma estrutura estável. Espero que rapidamente o Benfica o consiga e tenho a certeza que o presidente vai continuar a fazer tudo para dar essa estabilidade ao clube. É preciso criar nova estrutura de jogadores importantes, mantê-la e ir depois retocando. A época passada só lá estavam três ou quatro jogadores do meu tempo.
- Vive-se uma pressão diferente no Benfica?
- No Benfica a pressão é muito maior do que na maioria dos clubes, o Benfica é um clube muito emocional, é o clube que vende, é o clube de que todos falam, adeptos ou adversários. Num certo sentido, comparo muito o Benfica ao Atlético de Madrid, onde se passa facilmente do 80 poara o 8 e vice-versa. Fazemos um jogo muito bom e logo vamos ser campeões, fazemos um mau e já ninguém presta. No Benfica, há pressão de todo o lado, até da própria imprensa. As capas dos jornais não são quase sempre sobre o Benfica?
- Vem aí o seu regresso ao Estádio da Luz [amanhã] e será a primeira vez que lá joga com outra camisola. Como vai ser?
- Ainda nem pensei muito nisso. E é melhor nem pensar. Verei no momento o que vou sentir. Acredito que serei bem recebido, por tudo aquilo que fiz no Benfica. Julgo que as pessoas gostam de mim e não ficaram chateadas pela minha decisão de sair, porque sabem que o fiz a pensar no futuro da minha família. Mas só quando entrar na Luz saberei como vou sentir-me.
- Como é a sua relação com os adeptos do Benfica?
- Muito boa. Sempre que poso vou lá ver jogos. Começam a cantar e pedem-me para regressar.
- Que jogos viu na Luz mais recentemente?
- Fui ver o Benfica-Sporting da época passada, no qual o Reyes marcou um golo.
- Qual a melhor recordação que tem da Luz?
- Quando fomos campeões e chegámos a Lisboa, para festejar com os adeptos, e encontrámos o estádio cheio Uma loucura inesquecível. Todo aquele dia foi especial. O Benfica é um clube fantástico, e quando ganha os adeptos são imparáveis.
- Há quem defenda que um título ao Benfica já não chega...
- Compreendo. Quando ganhámos em 2005 também pensámos que no ano seguinte seríamos de novo campeões. E voltamos à questão: em tudo é preciso estabilidade, até no treinador. Fomos campeões com Trapattoni mas logo ele saiu. Depois veio o Koeman e tudo recomeçou, a adaptação ao treinador, adaptação do treinador aos jogadores e ao clube, depois o novo treinador quer contratar outros jogadores... Enfim. É preciso dar tempo. O Benfica precisa de manter um treinador, de encontrar a pessoa certa, e dar tempo. Espero que seja Jorge Jesus, que conhece o Benfica e a história do Benfica, e conhece bem o futebol português.Com ele, acredito que o Benfica possa começar a encontrar o caminho.
- É sócio do Benfica?
- Sou sócio e tenho dois lugares no estádio.
- E os seus filhos?
- Não são, mas vou fazê-los sócios. Eles não têm de ser do Benfica ou do Sporting porque o pai é, devem sê-lo por gostarem de um clube, e eles gostam do Benfica, eles é que decidem. Por isso vão ser sócios. Além disso, quando for presidente vou precisar dos votos deles... [gargalhada] Estou a brincar, mas nunca se sabe... Os dois lugares no estádio estão em meu nome mas obviamente são da Mariana e do Martim.
- Foi só a brincar ou admite ser alguma coisa no Benfica que não jogador de futebol?
- Neste momento não penso nada disso.
- Mas admite ou não?
- Gostaria... mas não penso nisso. Quero continuar a jogar futebol ao mais alto nível, sem lesões, e poder um dia regressar como jogador ao Benfica, nas minhas melhores condições. E depois, como se costuma dizer, o futuro a Deus pertence... mas com o nosso trabalho.
- O Benfica volta a reforçar-se bastante. Pode discutir o título esta época?
- Vou torcer por isso. O Benfica como grande clube que é tem de lutar sempre pelo título. E acredito que encontre melhores condições para o fazer esta temporada. Por ser o campeão, o FC Porto parte com alguma vantagem. Mas é um recomeço e todos estão a zero. Sporting, Benfica, FC Porto, sobretudo, estão sempre na luta, mas atenção a Braga e agora Nacional da Madeira, equipas que aproveitarão um deslize dos grandes.
- Já pensou como vai ser marcar um golo, agora, na Luz?
- Já comecei a receber mensagens de amigos a pedirem-me, a brincar, 'por favor não marques ao Benfica'... Como profissional, claro que se tiver oportunidade tentarei marcar. Mas ainda bem que é um jogo amigável. Se marcar não festejarei. E espero que seja uma grande festa para todos. Para mim vai ser de certeza porque é o meu regresso ao Estádio da Luz. Mas vou tentar ser eu mesmo.
Como apurar a Selecção Nacional?
Simão Sabrosa diz que todos estão conscientes das dificuldades. Fala no divórcio dos adeptos e de como é a equipa que tem de os recuperar
- E a Selecção? Não está nada fácil chegar ao apuramento para o Mundial...
- Temos consciência do momento em que estamos e do que precisamos fazer para estar no Mundial. Não vai ser fácil, ainda no último jogo só vencemos no último minuto quando já estávamos todos desesperados. Mas vamos jogar contra a Hungria e Dinamarca cheio de vontade de vencer. Temos de vencer.
Temos consciência do que de mau fizemos e do que é preciso melhorar e aonde queremos chegar. Não basta conversar. Temos nível superior aos adversários e merecemos estar no Mundial mas é preciso prová-lo em campo. Enquanto for possível vamos lutar. Claro que queríamos ter mais pontos. Ninguém mais do que nós o queria. Sabemos que era impensável perder aquele jogo com a Dinamarca em Alvalade. Era impensável empatar em Braga com a Albânia. Mas esperamos que venha agora um momento bom e que consigamos estar ao melhor nível. Não a cem por cento mas a 200 por cento.
- As pessoas divorciaram-se da Selecção?
- Sentimos isso um bocadinho, é verdade. Temos de as reconquistar novamente. O que fizemos no passado traduziu-se numa imensa festa e essa festa agora esfriou. Temos de ser nós, ganhando, a trazer os adeptos de volta à Selecção. Independentemente de jogarmos bem ou mal, agora o mais importante é ganhar. De qualquer maneira. Como na Albânia, com o Bruno Alves a avançado e a dar tudo por tudo como naquele último minuto. Se não tivéssemos ganho aquele jogo teríamos as nossas férias completamente estragadas, ninguém duvide...
O OUTRO LADO DE SIMÃO
O inesquecível golo em Liverpool
- Prato preferido?
- Bacalhau à Brás. Mas gosto de muitos outros. Gosto muito de massas, por exemplo.
- Comida espanhola?
- O Chuleton, uma costeleta enorme, uma carne maravilhosa. E gosto de um bom arroz, de uma paella de qualquer coisa.
- Vê muita TV?
- Portuguesa.
- Programa?
- Sempre que posso acompanho o programa do Luís Miguel Pereira na SportTV. O Luís é um amigo e sempre que posso gosto de acompanhar o seu trabalho. E os Gato Fedorento. Sou amigo deles, são quase todos do Benfica... [riso]
- Gosta de ver futebol?
- Gosto.
- E adormece?
- Com o futebol italiano, às vezes [gargalhada]. Dá às duas da tarde, a seguir ao almoço, sempre dá aquela moleza [nova gargalhada]...
- Relação com a imprensa desportiva em Espanha?
- Óptima relação. Sou um jogador acessível. No Benfica, talvez não fosse tanto pelas regras que o clube tinha. Regras diferentes. Aqui é tudo mais aberto, dão liberdade para falar, devemos apenas dar conhecimento do clube. Em Portugal há muito aquela ideia da contenção verbal, do blackout, os clubes querem controlar mais, mas é importante darmos trabalho aos jornalistas para que eles não tenham que inventar. Vivemos do que fazemos e os jornalistas vivem do que nós fazemos. Precisam de ser alimentados e é importante que os jornais falem promovendo os clubes, o espectáculo, os jogadores e o futebol.
- Música preferida?
- U2, e a voz de Bono Vox., essencialmente. Gosto de hip-hop. Gosto dos Da Weasel, ouço muita música portuguesa.
- Bebida?
- Água.
- Um filme?
- Braveheart, com Mel Gibson.
- Um actor?
- Mel Gibson.
- Uma actriz?
- Angelina Jolie.
- Um estádio?
- O Estádio da Luz.
- Melhor golo que marcou?
- Ao Liverpool, pelo Benfica, em Anfield Road, em Março de 2006.
- Um sonho?
- Voltar a ser campeão nacional.
- Uma equipa que goste de ver jogar?
- Barcelona.
- Um jogador não português?
- Levado pela onda, diria Messi. Mas não, vou pelo Iniesta. Joguei com ele, conheço-o, é um jogador absolutamente fantástico.
- Jesualdo Ferreira é um treinador seu bem conhecido. Com ele trabalhou muito tempo nas selecções, nos sub-21, e no Benfica. É o primeiro treinador português tricampeão nacional no FC Porto. Um comentário:
- Sempre falei do professor em entrevistas, quando o defrontei, etc, nunca tive problema em falar dele, só tenho é pena que ele por vezes não diga o que sente em relação a mim. Talvez por ser treinador do FC Porto e as pessoas do FC Porto não gostarem de mim, Talvez tenha ali uma barreira que o impeça de falar naturalmente de mim. Mas eu sempre falei bem dele, e repito, é um grande treinador, com provas dadas, e fico contente por ele. Sempre me ajudou muito, ajudou-me quando cheguei ao Benfica, foi meu treinador na selecção de sub-21, sempre joguei com ele. Teve azar no Benfica e não conseguiu resultados, e foi certamente mais fácil consegui-los no FC Porto pela tal estrutura estabilizada que encontrou. Felicito-o mais uma vez por ter sido outra vez campeão, só tenho pena que não o tivesse podido ser no Benfica.
Quando a tragédia lhe bateu à porta
Simão perdeu um sobrinho (filho mais novo do seu irmão Serafim) em condições trágicas. Mas fala disso com enorme coragem. «É preciso olhar em frente»
- Viveu enorme tragédia [o falecimento dum sobrinho, filho mais novo do irmão Serafim] ainda antes de terminar o campeonato. Como lidou em Espanha com tudo isso?
- Jogando. Foi a única maneira. Custa-me muito estar longe do meu irmão e restante família depois do que aconteceu. Ele perdeu um filho que era a alegria da casa, eu perdi um sobrinho que era como se fosse mais um filho, a família perdeu uma criança muito querida. Parti de imediato quando soube do que acontecera, e quando regressei a Espanha o treinador perguntou-me o que queria fazer. Disse-lhe que queria jogar. A única maneira de irmos vencendo a dor é retomarmos aos poucos a nossa vida. É o que têm conseguido fazer o meu irmão e cunhada, apesar de sempre com acompanhamento psicológico. Eu e a minha mulher, Filipa, também tivemos de explicar aos nossos filhos tudo o que acontecera a conselho dos psicólogos. É muito difícil mas ao mesmo tempo é bom falar diso. Precisamos de olhar em frente, sentindo as tremendas saudades, mas continuando a vida, porque outros precisam de nós. Gostava de estar perto, ali ao lado do meu irmão, mas ele sabe que estou com ele mesmo a muitos quilómetros de distância.