domingo, 20 de setembro de 2009

Seis àrbitros será solução?

Foi experimentado esta semana nas competições europeias a utilização de seis àrbitros num jogo de futebol. Uma medida prometida à muito pelo Sr. Platini, pensava ele que seria suficiente para resolver os problemas de arbitragem.
Mas como vimos num lance que o defesa do Sporting tira a bola em cima da linha de golo, o àrbitro de baliza manda seguir e bem, mas foi vísivel na sua cara que não o fez com certeza.
Certamente um àrbitro em cima da linha de golo PODIA ter sido muito ùtil à uns anos quando Baía foi buscar um frango do Petit bem dentro da capoeira.
Mas estou em crer, que àrbitros em cima da linha de golo não resolvem os problemas, não nos podemos esquecer que esmagadora maioria dos erros graves de um àrbitro, é assinalar fora de jogo quando um jogador está em linha e para isso certamente não será um àrbitro de baliza que resolve.
Sendo o futebol o desporto rei, não estará na hora de copiar outros desportos como o ténis, NBA e outros que se pode recorrer as imagens televisivas?
É indiscutível que a verdade desportiva seria uma certeza, a corrupção deixaria de ser solução, provavelmente os gastos financeiros seriam menores do que estar a adoptar mais àrbitros.
Claro que para não quebrar o jogo, o recurso às imagens podia apenas ser 2/3 por equipa para não parar constantemente o jogo. Mas mais grave nas paragens de um jogo é certamente a simulação de lesôes e aí os àrbitros pouco ou nada fazem, sendo bastante recorrente o anti jogo.

A diferença de ser um clube grande...

Vou ser sincero, esta imagem encontrei noutro blog, mas não pude ficar indiferente.
Esta imagem é de um filme de Peter Jackson com o nome Distric 9 que aparece aos 5:30m, é a diferença por ser um clube grande.

domingo, 13 de setembro de 2009

Benfica TV

Como prometido e após as várias abordações que tenho sido alvo, venho aqui informar que neste momento a participação no programa do Benfica Tv foi "adiada".
Telefonaram-me ao final da tarde, no dia dos 8-1, por acaso até a caminho da catedral e propuseram-me escolher o dia desta semana para ir às gravações, mas a hora das gravações complicou tudo. Pois, estando a trabalhar à 1 mês, também é complicado já estar a pedir dias de férias. Claro que amo o Benfica, mas neste momento tenho prioridades.
Contudo e como combinado, posso com o decorrer do tempo, telefonar para lá e escolher um dia.
Tenha pena, muita pena, não ir mostrar neste momento perante os Portugueses o meu Benfiquismo...

sábado, 12 de setembro de 2009

Qual Bruno Alves? Qual Materazzi?

sábado, 5 de setembro de 2009

Um sr. jornalista.


Dois dos últimos artigos do melhor jornalista português... simplesmente fantástico.

Sinto-me particularmente à vontade para lançar este desafio, já que muitas e repetidas têm sido as vezes em que elogio a competência, o nível de formação e a capacidade de perceber a evolução do jogo de uma - felizmente cada vez maior - elite dos treinadores do futebol português. Mais ainda, acredito que a parte mais significativa da qualidade de jogo de uma equipa depende da competência do treinador, necessariamente somada à qualidade dos jogadores (que, a fazer-se o que deve ser feito, devem ser também escolhidos por ele).

Parece-me urgente que se perceba que é uma vergonha termos só nove golos marcados em nove jogos. E sete empates em oito jogos. E tão pouca vontade de ganhar. O desafio é para os treinadores, que este ano são todos portugueses nas ligas profissionais, e para ninguém mais: coloquem as equipas em campo com mais ambição, preocupem-se mais com a organização ofensiva e não só com os equilíbrios defensivos, incutam uma ideia de jogo positiva na identidade da vossa equipa. Dissuadam os vossos jogadores das tristes ideias de simular faltas e queimar tempo e não troquem um ponto sortudo por mais uma facada no jogo que nos apaixona. Lembrem-se do espetáculo e de quem (e repito que são cada vez menos) se dá ao trabalho de ser vosso espectador.

Sei obviamente que não se pode pôr um carro utilitário a competir com um topo de gama - leia-se fazer uma grande equipa com jogadores apenas medianos -, como sei também que não há equipas de ataque (apenas boas equipas, desde que equilibradas). Mas há futebol de ataque, sedutor, aquele de que são expoentes o Barcelona ou o Arsenal. É nesses exemplos que o futebol português se deve inspirar, mesmo que tal excelência só seja viável com outros orçamentos.

Acontece que o Burnley, o Stoke, o Wolverhampton ou o Hull City também não têm poderio dos "big four" ingleses mas batem-se com eles, semana após semana. Vão à luta, com o mesmo espírito daquele boxeur que sabe que vai levar muita pancada mas tem noção de que a sua dignidade de desportista passa por também tentar acertar no homem que o vai deixar "KO". O desporto só é verdadeiramente nobre quando todos os que competem sonham com a vitória. Marco Chagas contou-me um dia uma história magnífica dos tempos em que o campeão Bernard Hinault perdia etapas sucessivas da Volta a França para o novo príncipe Laurent Fignon (hoje numa dura prova contra um cancro). O loiro dos óculos acabava sempre à frente mas o velho bretão tentava fugas sucessivas, dia após dia. Atacava e voltava a atacar. Quando lhe perguntaram por que insistia nesse esforço aparentemente inútil, respondeu algo como: "Ele há de ter um dia mau... e eu lá estarei". A maioria das equipas portuguesas tem metade de Hinault. Também está sempre à espera que o adversário falhe. Só que raramente ataca. Nota: Depois de dois anos de claro domínio de Fignon no Tour (83 e 84), Hinault voltou a ganhar.



E...

Tentei explicar lá em casa por que era tão especial ver Bolt. E rever. É que ver aquilo, e sentir que fazemos - mesmo enquanto espectadores - parte daquela história no momento em que acontece não deve dar direito a replay durante décadas. Talvez não vejamos mais nada igual na vida. E não há-de haver ali doping, que já me bastaram Ben Johnson, quando ainda acreditava na inocência dos campeões, e mais tarde Pantani, o meu ídolo careca das bicicletas, que subia montanhas com uma galopada só comparável à vertigem com que desceu depois para a morte mais anónima. Quem me fez assim, apaixonado pelo desporto, não ia autorizar outra desilusão destas, ainda por cima agora que Armstrong e - agrade-lhe a ele ou não - Contador me trouxeram de volta a paixão da Volta a França, resgatando-me daquele ano trágico em que a uma lenda de verdade se seguiu um Landis aldrabão.

Insisti assim que todos percebessem o que é Bolt, que é mais que Carl Lewis, Bubka, Gebrselassie ou Bekele. É um extraterrestre que nasceu na terra dos humanos mais rápidos, nessa Jamaica do reggae onde também surgiram no mundo Ben Johnson, Linford Christie ou Asafa Powell. A genética há-de ter uma explicação que eu não me convenço só com a papa de mandioca. Tentei explicar Bolt com o mesmo carinho com que gravei em VHS o último jogo do verdadeiro Michael Jordan (pelos Bulls, claro), que mesmo depois de LeBron e Kobe há qualquer coisa que não se voltou a ver. Os mitos constroem-se assim: para mim, Jordan será sempre o homem que ganhava as finais sozinho. É um exagero? É sempre, porque na nossa imaginação os grandes campeões são ainda melhores. Lá, eles nunca falham, nunca jogam mal e acabam sempre a festejar.

Os mitos existem porque, embora outros génios surjam entretanto, ninguém lhes consegue copiar a assinatura. Um livre de Platini é um livre à Platini. Diferente de Beckham, Pirlo ou Juninho Pernambucano. Como ninguém fez passes rasteiros, a rasgar e a isolar, como Zico, por muito que exista Fàbregas. E não há elegância na área como a de Van Basten, ainda que seja emocionante ver como o gigante Ibrahimovic reproduz a habilidade de Romário. E não voltou a haver Eusébio apesar das cavalgadas dos Ronaldos, seja do nosso ou do fenómeno brasileiro. Nem Pelé, apesar de Ronaldinho parecer decalcado do Pelezinho que surgiu na banda desenhada nos anos 80. Messi chega a parecer Maradona, é um facto. Mas Maradona há só um e até embirra que o comparem porque se sentir um degrau abaixo de Deus. Na galeria dos imortais todos são incomparáveis. Para mim, a partir de agora, um mais que todos os outros: Usain Bolt - provavelmente o melhor atleta de sempre.